Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
#37 - PROVA D'AMOR, Dick Hard
Minete é prova d'amor
se tu o souberes provar
mete a língua com cuidado
para o amor não estragar
se tu o souberes provar
mete a língua com cuidado
para o amor não estragar
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
#36 - CHORA À VONTADE, FILHA, Dick Hard
Só te quero dar orgasmos
Se não forem vaginais
Qu'ejacules à vontade
Das bolsas lacrimais
Se não forem vaginais
Qu'ejacules à vontade
Das bolsas lacrimais
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
#35 - DESPESA PÚBLICA, Dick Hard
Suava ele atrás da call-girl; suava eu à frente da pequena
Ele enfiava, convicto da vitória; eu penetrava, ciente da glória
Desafiou-me, impante de tesão; e proferiu, ciclone em vozeirão:
"Ó Zé, o último a vir-se paga a despesa!"
Ele enfiava, convicto da vitória; eu penetrava, ciente da glória
Desafiou-me, impante de tesão; e proferiu, ciclone em vozeirão:
"Ó Zé, o último a vir-se paga a despesa!"
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
#34 - OS POETAS SÃO P'RA DEVORAR À COLHERADA, Dick Hard
Os poetas comem-se uns aos outros
na ânsia do martelo de Thor
das vísceras poéticas do potros
do soneto em dó maior
Os poetas são p'ra devorar à colherada
trincar as palavras com desdém
a poesia não tem hora marcada
não se compra ao quilo ou ao vintém
Trituram-se os versos sem piedade
as estrofes chovem nos rios a sul do norte
um vate é animal de soledade
sempre em busca de si até à morte
Os poetas não são mais que canibais
comem-se a eles e não sobra nada
diluem-se no fervor dos bacanais
apagam-se a sonhar co'a boa fada.
na ânsia do martelo de Thor
das vísceras poéticas do potros
do soneto em dó maior
Os poetas são p'ra devorar à colherada
trincar as palavras com desdém
a poesia não tem hora marcada
não se compra ao quilo ou ao vintém
Trituram-se os versos sem piedade
as estrofes chovem nos rios a sul do norte
um vate é animal de soledade
sempre em busca de si até à morte
Os poetas não são mais que canibais
comem-se a eles e não sobra nada
diluem-se no fervor dos bacanais
apagam-se a sonhar co'a boa fada.
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