Quen a sesta quiser dormir,
conselhá-lo-ei a razon:
tanto que jante, pense d'ir
à cozinha do infançon:
e tal cozinha lh' achará,
que tan fria casa non á
na oste, de quantas i son.
Ainda vos en mais direi
eu, que um dia i dormi:
tan bõa sesta nan levei,
des aquel di' an que naci,
como dormir en tal logar,
u nunca Deus quis mosca dar
ena mas fria ren que vi.
E vedes que ben se guisou
de fria cozinha teer
o infançon, ca non mandou
des ogan' i fogo acender;
e, se vinho gaar d'alguen,
ali lho esfriarán ben,
se o frio quiser bever.
quinta-feira, 5 de março de 2015
#24 - "Quen a sesta quiser dormir", Pero da Ponte
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
#23 - ÉPIGRAMME, Isaac de Benserade
Je mourrai de trop de désir,
Si je la trouve inexorable;
Je mourrai de trop de plaisir,
Si je la trouve favorable.
Ainsi, je ne saurais guérir
De la douleur qui me possède;
Je suis assuré de périr
Par le mal ou par le remède.
Si je la trouve inexorable;
Je mourrai de trop de plaisir,
Si je la trouve favorable.
Ainsi, je ne saurais guérir
De la douleur qui me possède;
Je suis assuré de périr
Par le mal ou par le remède.
domingo, 25 de janeiro de 2015
#22 - FALA DO ADVOGADO ENQUANTO DON JUAN, Fernando Grade
Só fico satisfeito
quando as partes se beijam.
quando as partes se beijam.
sábado, 10 de janeiro de 2015
#21 - "tiens c'est le chat illégal", Mário Cesariny
à victor brauner
tiens c'est le chat illégal
quoi qu'absolument visible
il allume un feu tout blanc
il vient de jeter de l'eaux aux virgules
père mère poire poète
attention le nain vous respire
fuez ses gants coupez vite le sable
on va être morts sous la table
tiens c'est le chat illégal
quoi qu'absolument visible
il allume un feu tout blanc
il vient de jeter de l'eaux aux virgules
père mère poire poète
attention le nain vous respire
fuez ses gants coupez vite le sable
on va être morts sous la table
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
#20 - ACENTUAÇÃO GRAVE, Liberto Cruz
governo permanente
povo doente
coragem ausente
ditadura vigente
castração* evidente
nação* indolente
*agudo
povo doente
coragem ausente
ditadura vigente
castração* evidente
nação* indolente
*agudo
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
#19 - HOMENAGEM A CESÁRIO VERDE, Mário Cesariny
Aos pés do burro que olhava para o mar
depois do bolo-rei comeram-se sardinhas
com as sardinhas um pouco de goiabada
e depois do pudim, para um último cigarro
um feijão branco em sangue e rolas cozidas
Pouco depois cada qual procurou
que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!
depois do bolo-rei comeram-se sardinhas
com as sardinhas um pouco de goiabada
e depois do pudim, para um último cigarro
um feijão branco em sangue e rolas cozidas
Pouco depois cada qual procurou
com cada um o poente que convinha.
Chegou a noite e foram todos para casa ler Cesário Verdeque ainda há passeios ainda há poetas cá no país!
domingo, 4 de janeiro de 2015
#18 - BANDEIRA PÓS-MODERNO (TAKE 1), Eudoro Augusto
Vou-me embora pra Manhattan,
Lá sou amigo do Ray.
Tenho a trombonista ruiva
E uma terapeuta gay.
Lá sou amigo do Ray.
Tenho a trombonista ruiva
E uma terapeuta gay.
Subscrever:
Mensagens (Atom)